Menos produção, mais qualidade em Chianti

Consórcio regulador da região quer diminuir produção em 10% e ajustar regras para que produtores possam agradar paladares asiáticos

por Redação

O Consorzio Vino Chianti decidiu que irá diminuir a produção dos vinhedos. A ideia é reduzir
a produção máxima por hectare em cerca de 10% (que hoje é de 9 toneladas). Assim, o rendimento por vinha, especialmente as antigas, que se beneficiavam de regras mais flexíveis, baixará de 5 para 3 quilos por planta. “Isso possibilitará um reequilíbrio da Denominação e garantirá vinhos de melhor qualidade”, afirmou o presidente do consórcio, Giovanni Busi.



Outra mudança ainda fará um ajuste a parte em que a regulamentação de Chianti estipula um teor máximo de 4 gramas por litro de açúcar residual. Agora, o consórcio quer se adequar às normas da União Europeia para vinhos secos, cujo açúcar pode ser apenas dois pontos mais alto do que a acidez total. “Graças a essa mudança, seremos ainda mais competitivos nos mercados asiáticos, que sempre tiveram preferência por produtos mais suaves. 

Dessa forma, os produtores poderão decidir se aumentam levemente ou não o conteúdo de açúcar de seus produtos para se enquadrar nos gostos dos consumidores dessa região do
mundo”, afirmou Marco Alessandro Bani, diretor do consórcio – que completa 90 anos de sua instituição.

> Rendimentos máximos permitidos em regiões vinícolas 

Chianti Classico DOCG – 7,5 ton/ha
AOC Bordeaux – 7,5 ton/ha
Champagne – 10,4 ton/ha
Vale dos Vinhedos – 10 ton/ha
Vinho do Porto – 7,5 ton/ha
Borgonha Grand Cru – 4,5 ton/ha
Sauternes – 3,5 ton/ha
Barolo – 8 ton/ha

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