Dia 18 de agosto é o Pinot Noir Day. ADEGA conta um pouco da história desta casta e traz dicas de vinhos para a comemoração

por André De Fraia
Pinot Noir Day! Que dia para comemorar uma das prinicpais castas do mundo, base para alguns dos melhores vinhos produzidos no mundo, a Pinot Noir é complexa e emblemática, exigente em todos os aspectos.
O viticultor e o enólogo devem ter grande conhecimento técnico e dedicação para extrair dela todas as suas qualidades e sutilezas; o amante do vinho deve se aplicar para compreendê-la e apreciar todos os tons, aromas e sabores dos vinhos produzidos a partir dela.
O nome "Pinot Noir" faz alusão clara à aparência do cacho de uvas dessa variedade, cujos bagos bastante escuros agrupam-se de maneira muito justa, formando um conjunto cônico, que lembra uma pinha. Desenvolve-se, principalmente, em climas mais frios.
A Pinot Noir é certamente uma das mais antigas castas de que se tem notícia. Acredita-se que já era cultivada na Borgonha há aproximadamente 2.000 anos, quando os romanos chegaram à região. O primeiro registro escrito de sua existência, entretanto, data de 1375, e a primeira alavancada lhe foi dada quando uma ordem banindo a produção de Gamay em seu favor foi lançada por Filipe de Valois, Duque da Borgonha, que viveu no século XIV.
O fato de ser uma cepa tão antiga carrega suas implicações. A principal delas provavelmente é o fato de que a Pinot Noir muda com facilidade. Ao longo dos séculos, diversos clones - versões de plantas com sutis distinções - se desenvolveram, com diferentes capacidades de rendimento, tempo de maturação, sabores e qualidades.
Se por um lado essa "instabilidade genética" faz com que a Pinot Noir tenda a se adaptar às condições do local onde a vinha esteja plantada, por outro lado, por vezes, torna-se mais difícil manter determinadas características (no caso de alguns clones) e trabalhar com ela.
De qualquer forma, sendo os vinhos produzidos a partir de Pinot Noir tão apreciados pelo mundo, é natural que o seu cultivo tenha extrapolado as fronteiras da França e hoje haja vinhedos da variedade em diversos pontos do globo.
Um Pinot Noir fermentado espontaneamente com leveduras indígenas e que leva a assinatura de Francisco Baetting, o gênio que assina o mítico Seña.
Claro que Pinot Noir, uma das principais uvas de Champagne, não é só para vinhos tintos tranquilos. Esse espumante nature rosé 100% Pinot Noir é elaborado pelo método tradicional, com 30% do vinho base fermentado em barricas usadas e mantido por, pelo menos, 36 meses em contato com as leveduras antes da degola. Impressiona pela cremosidade, pela acidez vibrante e final profundo e persistente.
Produzido em Savigny-Les-Beaune, na Côte d'Or, esse vinho é cheio de frescor é elaborado a partir de quatro vinhedos próprios da Maison Champy, encanta por seu perfil elegante e frutado.
Produzido em Quebrada Seca e San Julián, onde o clima frio recebe grande influência marinha, com muita névoa pela manhã, o solo singular com uma camada de argila e mais ao fundo encontra uma marcante calcárea, traz equilíbrio e vibração, com taninos de qualidade e um tempero lácteo, na medida que comporta a passagem de 30% por barricas novas de carvalho.
Blend de diversos vinhedos de Pinot Noir, é um vinho equilibrado, delicado e com ótimo frescor. Seu nome refere-se ao som emitido pelos ventos na região, semelhantes a um rugido da natureza.
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