No extremo do Rio Grande do Sul, na Campanha Gaúcha, é fácil encontrar o melhor vinho
por Sílvia Mascella
Uma das lindezas da Campanha Gaúcha é o horizonte sem fim. Paisagem plana, onde o olhar descansa e as divisas (com o Uruguai e a Argentina) parecem menos claras e políticas do que são. É um campo imenso, afinal, dominado pelo bioma pampa. Por lá, os gaúchos das três fronteiras se parecem e eles têm em comum o amor pelo vinho, pelo churrasco e pelo chimarrão.
O cultivo das uvas ganhou impulso nos anos 1980 e, neste século, mostrou o poder da região quando se tornou uma IP (Indicação de Procedência), com uma área delimitada de mais de 44 mil km2, abrangendo 14 municípios. As regras da IP só permitem vinhedos em espaldeira, limitando também a produtividade e as variedades (são 36 Vitis vinifera autorizadas).
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Da região saem tintos, brancos, rosés e espumantes, e quando a uva está indicada no rótulo é obrigatório que o varietal tenha no mínimo 85% da uva declarada. Os terroirs variam principalmente de acordo com a localização leste-oeste. Na região de Candiota, no extremo leste, há alguma influência das águas do Atlântico, que penetram no território. Já no extremo oeste, onde ficam as sub-regiões de Uruguaiana e Itaqui (nas divisas com o Uruguai e a Argentina), o clima é mais quente e continental.
Apesar da viagem ser longa para qualquer brasileiro, afinal essa é a fronteira sul do país, a rota dos vinhos da Campanha Gaúcha é um passeio imperdível, cheio de história, paisagens diferenciadas, gastronomia única e grandes vinhos. Mas enquanto não é possível viajar, é possível degustar e valorizar os produtos gaúchos. Conheça a seleção dos melhores vinhos da Campanha Gaúcha degustados por ADEGA e adquira o seu.