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Vinho de 1921 pode ser arrematado

Gut Hermannsberg coloca em leilão o último vinho de uma das safras mais célebres do século XX

por Arnaldo Grizzo

Acredita-se que o ano de 1921 pode ter sido a “safra do século” na Alemanha, tanto que quando alguém se depara com uma garrafa desse ano não hesita em comprar. No entanto, pouquíssimas ainda sobrevivem no mercado. Logo após a I Guerra, o Vale do Nahe foi ocupado pela França, e os vinhos do Domínio Vitivinícola do Estado Prussiano Niederhausen Schlossböckelheim (hoje Gut Hermannsberg) da safra de 1921 teriam, portanto, ficado sob a administração francesa. Mas os diretores puderam vender as garrafas em Frankfurt am Main antes que os franceses assumissem o controle.

Quando o governo alemão conseguiu a saída das forças de ocupação, o presidente von Hindenburg foi homenageado em festividades em Colônia. Aí, Hindenburg recebeu um vinho do Domínio do Estado da Prússia, seu preferido. Na festa, em 31 de março de 1926, foi servido um Kupfergrube Trockenbeerenauslese de 1921.

Uma última garrafa deste mesmo vinho está para ser leiloada agora. O enólogo da Gut Hermannsberg, Karsten Peter, substituiu a rolha há dois anos e, ao examinar as condições do vinho, ficou espantado com a sua concentração, complexidade e frescor. Gut Hermannsberg certamente alcançará um novo recorde no leilão VDP (em que os produtores alemães oferecem seus vinhos) com esta garrafa. No ano passado, um Trockenbeerenauslese de 2015 foi arrematado por € 10.600.

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