10 castas que podem produzir ótimos vinhos, mas que não costumam ser prestigiadas pelos enófilos
por Arnaldo Grizzo
Ninguém duvida da capacidade da Cabernet Sauvignon de produzir grandes vinhos. Nem mesmo da Pinot Noir. Tampouco da Syrah ou da Tempranillo. Mundo afora há variedades que são consagradas e estão sempre na mente dos enófilos. Elas acabam servindo de portos seguros para muitos quando estão diante de várias opções – o que atualmente é cada vez mais comum. Quando se depara com a diversidade, muitos preferem optar por algo familiar.
Não à toa, as variedades mais vendidas do planeta são quase sempre as mesmas. No entanto, há muito para a ser descoberto e, em alguns casos, a ser levado em consideração. À sombra de muitas das variedades clássicas, muitas vezes estão outras subestimadas. Na Borgonha, por exemplo, palco da Pinot Noir, a Gamay foi relegada (e até mesmo banida durante a Idade Média), mas, ultimamente, vem mostrando cada vez mais um potencial até então desconhecido do público.
E há casos semelhantes em diversas regiões vitivinícolas do globo. Na maioria das vezes, algumas cepas se destacam e se tornam famosas, ofuscando outras que não são ruins. Elas acabam relegadas a um segundo plano e, ocasionalmente, sofrem algum desprezo e até preconceito. ADEGA, portanto, selecionou 10 variedades que estão fora do radar, mas que merecem ser valorizadas.