Celebrando 95 anos, a cooperativa Nova Aliança segue investindo na sustentabilidade
por Sílvia Mascella
O cooperativismo é uma das raízes históricas da vitivinicultura brasileira, tendo sido a força que permitiu que centenas de imigrantes italianos pudessem cultivar uvas, processá-las e fazer seus vinhos, dando início à produção industrial. Essa tradição segue viva e bem no Brasil, mas agora com um olhar no futuro e um importante trabalho de modernização de processos.
A Cooperativa Vinícola Nova Aliança, com sede em Flores da Cunha, foi fundada em 2010, mas é fruto da união de cinco outras cooperativas da Serra Gaúcha. Assim, a celebração dos 95 anos se deve à mais antiga das cooperativas do grupo, a São Vitor, fundada em 1929. Além dela, compuseram a “Nova Aliança” as cooperativas São Pedro (fundada em 1930) e Santo Antônio (fundada em 1931), ambas de Flores da Cunha; e as Cooperativas Aliança (de Caxias do Sul) e Linha Jacinto (de Farroupilha), ambas fundadas em 1931.
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Para juntar todas essas cooperativas em uma só, foi construída uma moderna sede (na imagem de abertura) que possui a capacidade de processar até 60 milhões de quilos de uva por ano e onde está uma das mais modernas plantas industriais para suco de uva do país, com 24 mil metros quadrados.
A união de todos esses grupos permite que a Nova Aliança utilize apenas uvas próprias nos mais de 100 rótulos de espumantes, vinhos finos e de mesa, suco de uva e frisante, entre outros produtos que levam uva na composição. Essas uvas são cultivadas por 700 famílias cooperadas que possuem terras na Serra Gaúcha, na Serra do Sudeste e na Campanha Gaúcha, somando 2 mil hectares de vinhedos.
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A empresa tem um forte projeto de uvas orgânicas, especialmente para suco, e fez um enorme investimento em fazendas solares (uma em Santana do Livramento e uma em Farroupilha) que geram mensalmente 20 mil KWh em energia limpa para três unidades da cooperativa. A água utilizada nas unidades vem de poços artesianos tratados e há reaproveitamento da água da chuva armazenada em cisternas, para limpeza de caldeiras e torres de resfriamento.
Ainda pensando em não causar danos ao meio ambiente, a empresa construiu uma estação de tratamento de efluentes que, através do tratamento biológico de todo o lodo, consegue atingir os 98% de eficácia, sendo que os 2% finais recebem tratamento físico-quimico. Isso garante um descarte total que é amigável ao bioma. Para fechar as ações que contribuem com uma cadeia produtiva mais sustentável, todos os resíduos gerados, recicláveis ou não, são destinados às empresas que realizam o reaproveitamento sem impactar no meio ambiente e a logística reversa já é aplicada em 18% dos produtos como palllets, lâmpadas e baterias, entre outros. Veja abaixo alguns dos vinhos da Cooperativa degustados por ADEGA:
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