Série com rótulos nacionais tem três conteúdos e está sendo publicada às sextas
por Redação
A variedade de estilos dos vinhos brasileiros está crescendo cada vez mais. Entre os espumantes, por exemplo, além da diversidade de castas, há uma ampla gama de gêneros, que superam a mera questão de métodos de produção e teor de açúcar. As opções de tintos também são muito heterogêneas, e os brancos têm um conjunto enorme de tipos.
A fim de mostrar essa última parte da rica vitivinicultura brasileira, foram elaboradas dez harmonizações com brancos nacionais. Originalmente publicado na Revista ADEGA, o conteúdo forma uma série de três textos – clique aqui para ler o primeiro – que estão sendo disponibilizados sempre às sextas-feiras. Aproveitem!
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Uma iguaria que combina textura intensa com a leveza característica do peixe encontra uma parceria harmoniosa nos vinhos laranja, cujo corpo robusto é capaz de suportar até carnes vermelhas mais leves. Surpreendentemente, essa combinação também se revela excelente com o atum, especialmente quando este é servido grelhado com gergelim, acompanhado por uma refrescante salada ou vegetais grelhados. Na primeira opção, o Sauvignon Blanc se destaca como uma escolha inteligente, fazendo sentido com a sugestão dos vegetais. A acidez vibrante e as notas cítricas acentuam os sabores frescos da salada e dos vegetais grelhados, enquanto a leveza não sobrecarrega a textura mais intensa do atum selado. Já a segunda opção, um Chardonnay de corpo médio, com tons de ervas e cítricos, revela-se uma escolha sofisticada. Este vinho, com equilíbrio entre acidez e riqueza, complementa a intensidade do atum e ressoa harmoniosamente com os vegetais grelhados.
Explorando as nuances dos risotos, cada variação proporciona uma oportunidade única para harmonizações. No caso de um risoto de funghi, onde os cogumelos oferecem um sabor umami intenso e tons terrosos, combinado com a cremosidade rica em amido do risoto, a escolha de um branco torna-se crucial. Um Chardonnay mais encorpado é uma opção ideal, com estrutura robusta e acidez marcante, capaz de equilibrar a riqueza do prato e acompanhar a intensidade dos sabores. Alternativas como Viognier ou Vermentino também podem surpreender nessa combinação. Se a opção for um risoto de abóbora, em que a abóbora contribui com um dulçor sutil e o prato é finalizado com queijo parmesão para adicionar um toque salgado e umami, a escolha recai sobre um Viognier. Este vinho, com o perfil encorpado e aromático, a característica frutada e encorpada, harmoniza-se perfeitamente, equilibrando o perfil rico e cremoso do prato, enquanto as notas florais proporcionam um agradável contraste aos elementos salgados.
Com sabores intensos e complexos, desafia a escolha ideal entre vinhos brancos e tintos. Contudo, a estrutura robusta do prato sugere uma inclinação para brancos mais encorpados e estruturados, mantendo a acidez essencial para limpar o paladar. Duas opções notáveis para harmonizar com essa iguaria são o Chardonnay e o Sauvignon Blanc. O Chardonnay, conhecido por sua estrutura encorpada, oferece uma complementação eficaz aos sabores intensos. A riqueza e complexidade se alinham à intensidade do prato, enquanto a acidez contribui para equilibrar os elementos gustativos. Por outro lado, o Sauvignon Blanc surge como uma alternativa interessante, trazendo notas herbáceas que estabelecem um vínculo interessante com o prato. A elevada acidez característica do Sauvignon Blanc serve como uma ferramenta eficaz para limpar o paladar entre as mordidas, mantendo uma experiência fresca e equilibrada.
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