por Redação
Vinhedo no centro de Milão foi plantado com uma variedade de Malvasia, que teria sido a mesma usada na época de Da Vinci
A vinícola Castello diLuzzano produziu os vinhos de um clone específico da casta Malvasia di Candia, plantada em 2015 em um local na centro de Milão, onde acredita-se que Leonardo da Vinci possuiu videiras (desta mesma variedade). Cerca de 330 garrafas do vinho “Leonardo da Vinci” foram feitas a partir da colheita de 2018.
O vinho, que passou algum tempo em uma grande ânfora de terracota antes de ser engarrafado no fim de 2019, foi produzido em parceria com La Vignadi Leonardo, a organização que administra um museu no local do vinhedo, no terreno da Casa degliAtellani, perto da Igreja de Santa Maria delleGrazie. O Castello diLuzzano foi escolhido como produtor porque trabalha com Malvasia di Candia há séculos, segundo informou GiovannellaFugazza, coproprietária da vinícola.
Acredita-se que Da Vinci foi presenteado com a vinha neste local em 1499 por Lodovico Il, também conhecido como Lodovico Sforza, em troca da pintura de “A Última Ceia”. Uma equipe de pesquisadores e especialistas em vinhos levou 11 anos para localizar e restabelecer a vinha de Leonardo em Milão, que teria sobrevivido por 450 anos até ser destruída por um bombardeio em 1943 durante a II Guerra Mundial.
Luca Maroni, especialista em vinhos italianos, escavou o local para descobrir se alguma raiz de videira havia sobrevivido. Ele identificou alguns restos de videira e, em seguida, procurou um clone que fosse o mais próximo possível do original.
Depois de identificar a Malvasia di Candia Aromatica, Maroni e outros pesquisadores procuraram o clone na área de Piacenza, a sudeste de Milão, e encontraram um que se adequava. Três anos depois, fez-se a primeira colheita e agora um vinho.