Com 110 anos de história , os espumantes brasileiros garantem os melhores brindes
por Silvia Mascella
Que bom que temos mais um ano até o piada do 'tio do pavê' voltar e também a discussão das uvas passas. Mas se sobrou alguém (ainda?!?) que se incomoda com o fato de ter vinho brasileiro na sua taça, este é o momento de fugir dessa festa e de brindar apenas com aqueles que já sabem que preconceito é coisa do século passado e não do ano passado.
Ainda mais se falarmos dos espumantes brasileiros, ricos em história, em prêmios nacionais e internacionais e - o que mais nos interessa - excelente qualidade em muitas faixas de preços. Aliás, você sabia que o espumante brasileiro tem mais de 100 anos de história? 110, na verdade.
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A 'certidão de nascimento' de nossas borbulhas tem registro documentado, na cidade de Garibaldi (Serra Gaúcha) em 1913, num concurso de uvas e vinhos promovido na região, onde um vinho espumante ganhou a medalha de ouro. Esse vinho foi produzido pelo imigrante italiano Manuel Peterlongo, que chegou ao Brasil como agrimensor e acabou se apaixonando pela serra gaúcha e por seus vinhos, iniciando uma história re resultaria em grandes sucessos para a região e a vinicultura nacional.
Durante muitas décadas as pequenas vinícolas de Garibaldi foram desenvolvendo seus espumantes, sempre pelo método tradicional, o mesmo da região de Champagne. Outros imigrantes chegaram de outras partes do mundo e o cenário foi ficando mais interessante ainda, a ponto da cidade ser conhecida como a Capital do Espumante. Oficialmente, foram imigrantes franceses - que chegaram depois da II Guerra Mundial -, que trouxeram para a serra o método Charmat (segunda fermentação em autoclaves), mas informalmente acredita-se que ele já era produzido na região há alguns anos.
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Nas décadas de 1960, 1970 e 1980 chegam profissionais do Chile e da Argentina, que percebem o potencial da região para os espumantes, além da Vinícola Salton, que inicia a produção de suas borbulhas. É assim que nascem grande nomes como Chandon, Cave Geisse a Adolfo Lona. É também o tempo em que as cooperativas entram no negócio e chegam ao mercado nomes importantes até hoje como Aurora e Garibaldi.
Atualmente os espumantes brasileiros são feitos em todas as regiões produtoras de uvas viníferas do país, de nordeste a sul do Brasil. Sejam os delicados moscatéis, cada vez mais apreciados, os variados Brut até os Nature e Extra-brut super especiais, há mais de uma espumante para cada paladar. Nossas borbulhas são reverenciadas por experts, por profissionais de bares e restaurantes e, principalmente, pelos consumidores. Assim, nosso brinde nesta passagem de ano é com espumantes brasileiros, veja abaixo os últimos degustados por ADEGA e escola o seu!