Previsão é que o Brasil colha mais de 800 mil toneladas de uva
por André De Fraia
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Com pouco mais da metade da safra já colhida o Brasil caminha a passos largos para ter a maior colheita dos últimos vinte anos com o montante ultrapassando as 800 mil toneladas. Em comparativo com o ano de 2019, considerado por muitos a safra das safras, o aumento deve chegar a casa dos 60%.
“Ano passado foi um pouco frustrante, embora a qualidade das uvas tenha sido ótima. Para esse ano, pelo que tudo indica, teremos uma safra recorde em volume, mas também a qualidade das uvas melhorou ainda mais”, celebra o presidente da União Brasileira de Vitivinicultura, a UVIBRA, Deunir Argenta.
A colheita maior traz ainda uma segunda boa notícia ao consumidor, a UVIBRA acredita que os preços terão um reajuste menor que o esperado para este ano e assim, os vinhos nacionais tendem a subir pouco em 2021 com a oferta maior.
Porém, um antigo problema ainda assombrará o mercado para esta safra, a falta de garrafas de vidro. “As fábricas de vidro dependem de fornos que podem levar até dois anos para ficarem prontos, então a falta de garrafas vai continuar sendo um desafio esse ano, especialmente com o aumento da produção”, afirma Argenta.
Apesar da busca por investidores para uma nova fábrica de vasilhames e a retomada da produção de garrafas que teve queda acentuada durante a pandemia, as indústrias nacionais de vidro não serão capazes de suprir a demanda do mercado de vinho. Fato que fará com que os produtores nacionais recorram à importação das garrafas, elevando o preço final do vinho.
A Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (ABVIDRO) afirma que a situação deve ser normalizada até o final do primeiro trimestre de 2021 e as negociação entre a UVIBRA, o estado do Rio Grande do Sul e o setor privado continuam para a instalação de uma nova fábrica que trabalhará na demanda da indústria vitivinicultora.
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