O produto 'vinho' tem enorme valor econômico e sócio-cultural, revela pesquisa da PwC
por Silvia Mascella
Foi apresentada, na semana passada, no Parlamento Europeu em Bruxelas, uma pesquisa realizada pela Pricewaterhouse Coopers a pedido do CEEV (Comitê Europeu das Empresas de Vinhos) sobre a importância do setor do vinho para a Comunidade Econômica Européia.
O estudo revelou que 62% da produção mundial de vinho vem de países da CEE, que ela também lidera o comércio mundial e que toda a cadeia produtiva da bebida tem um papel socioeconômico fundamental na sustentabilidade das áreas rurais dos países membros.
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Mauricio González-Gordon, Presidente do CEEV declarou na apresentação que o vinho gera quase 3 milhões de empregos e é uma bênção para evitar o êxodo rural. A pesquisa revelou que as regiões produtoras têm menor declínio demográfico e são mais bem sucedidas, uma vez que os vinhedos são 37% mais rentáveis do que outras culturas permanentes.
"Além disso, a complexa cadeia produtiva gera o mesmo valor de mercado em todos os estágios de produção, desde o cultivo da uva, passando pela vinificação até a comercialização, sendo um exemplo de um sistema equilibrado de valor, que precisa ser preservado politicamente", afirmou o presidente. O impacto fiscal total gerado pela cadeia produtiva do vinho chegou a quase 52 bilhões de euros em 2022, o equivalente 0,7% de toda a despesa da CEE.
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O estudo também mostrou que o setor do vinho na CEE é líder em diferentes áreas. Com as exportações (em 2022) valendo 17.9 bilhões de euros, o impacto positivo foi capaz de reduzir o déficit da CEE em 3,7% nesse ano. O vinho também representa 1,4% do total de empregos gerados nos países membros sendo 90% deles ligados à agricultura, 16% na produção e 5% na comercialização de vinhos.
O vinho também é um gerador de renda por reforçar o turismo, que gerou quase 15 milhões de euros em renda para as regiões rurais, além do fato de que os 3,2 milhões de hectares de vinhedos em todos os países contribuem para a sustentabilidade do meio ambiente europeu de muitas formas: aumentando a biodiversidade, limitando a erosão dos solos, melhorando o controle da utilização da água e promovendo o controle dos incêndios.
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