Ele é um natural, em blend surpreendente de Tannat e Malbec, com... 92 pontos!
por André De Fraia
Foram os italianos que mergulharam de cabeça, anos atrás, na ideia de vinificar sem quaisquer aditivos químicos e com a menor intervenção humana possível.
Da Bota, a onda dos vinhos naturais se espalhou pelo mundo todo e ganhou adeptos em geral. Alguns, mais radicais, que só falam e só tomam vinhos naturais e a maioria que recebeu a novidade de braços abertos e, claro, inclui o, digamos, estilo ao dia a dia do vinho.
É fato de que ainda há muito vinho natural discutível em termos de resultado final. Mas esse, definitivamente, não é o caso dos rótulos produzidos pela Chakana, na Argentina.
A vinícola produz bons vinhos desde que surgiu em 2002, criada pela segunda geração dos Pelizzatti, italianos de Valtellina, onde os parentes mantém uma vinícola há décadas.
Hoje, a Chakana é uma das referências na agricultura biodinâmica argentina. Ela tem três vinhedos na região de Mendoza, 100% orgânicos e biodinâmicos, sendo um deles já certificado e dois em processo.
Seu nome vem da cruz andina que, segundo a vinícola, representa a cultura dos povos da região. Inspirada na constelação do Cruzeiro do Sul, a chakana era ainda uma peça utilizada nas valas para desviar a água para as plantações.
Com essa inspiração em mente, os criadores do Sobrenatural trazem à vinícola a orientação para preservar o solo e cultura dos ancestrais que habitavam e cultivavam os Andes.
O rótulo do vinho faz uma menção ao fato de a vinificação dispensar a adição de SO₂, repare no "₂" a mais ali e um risco na primeira sílaba, SO! Esta é uma das características da filosofia naturalista da Chakana Wines.
Chakana Sobrenatural Tinto 2019 - AD 92 pontos
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