Granizo nos vinhedos

Vinhedos destruídos por granizo no Penedès

Região de Penedès, na Espanha, teve vinhedos destruídos após chuva de granizo

Folhas e brotos quebrados depois de forte granizo que atingiu a DO Penedès, na Espanha
Folhas e brotos quebrados depois de forte granizo que atingiu a DO Penedès, na Espanha

por Sílvia Mascella

Os números preliminares, divulgados pelo Conselho Regulador de Penedès dão conta de que 1.500 hectares de vinhedos foram destruídos, em apenas meia hora de chuva de granizo que atingiu a região espanhola de Penedès, no último final de semana. A área atingida é parte de três DOs: Penedès, Cava e Catalunya.

As zonas mais atingidas com muita intensidade e em pouco tempo foram as de Santa Margarida i els Monjos, Castellet i la Gornal, Sant Martí Sarroca e Font-rubí. Os cálculos do sindicato de produtores dão conta de que aproximadamente 7 milhões de quilos de uvas deixarão de ser colhidas nesses vinhedos, gerando uma perda de aproximadamente 5 milhões de euros para os viticultores.

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Josep Marrugat, diretor de uva e vinho da união de produtores lamenta que o granizo tenha caído num momento tão delicado para o setor, que já acumula alguns anos de perdas causadas pela seca, pelos fungos como o míldio e também pela Covid. Neste ano, as chuvas do começo da primavera haviam dado uma esperança aos produtores depois da seca: “Esperávamos mais chuva, mas não de pedra e nem com tanta virulência. O granizo caiu na terra seca, o que é muito pior do que quando cai sobre a terra e a planta molhadas”, afirmou Josep Marrugat.

granizo
Pedras de gelo que atingiram os vinhedos na Catalunya-Espanha

Já o diretor da DO Penedès, Francesc Olivella disse que precisam avaliar se ainda há como salvar alguma parte da produção dos 1.500 hectares afetados: “Estamos muito preocupados, pois essas plantas já vinham de três anos de seca extrema e elas terão que fazer um esforço para brotar novamente. Talvez haja uma parte de colheita, mas ela pode não ser ideal para fazer os vinhos e boa parte dessas videiras mais atingidas só voltarão a brotar em 2025”, disse o diretor do Conselho Regulador da DO. Os líderes do setor pediram ao governo que estude a criação de linhas de crédito emergenciais para os viticultores

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