Vinhateiros da Nova Zelândia estão otimistas com a qualidade da colheita que se aproxima
por Silvia Mascella
Uma curiosidade, antes de mais nada: a distância entre o centro geográfico do Brasil e o da Nova Zelândia é de 12221 km. Ou seja, dá para ir e voltar 14 vezes de São Paulo ao Rio de Janeiro. Mesmo de avião, leva aproximadamente um dia inteiro voando para chegar lá. Mas a curiosidade é menos aleatória do que parece. A Nova Zelândia pertence ao Novo Mundo do vinho assim como o Brasil, e por estar no hemisfério sul, a colheita das uvas é no final do verão, ou seja, está prestes a começar.
Os vinhateiros estão otimistas com a safra 2024, por conta do calor trazido pelo El Niño e dos vários dias muito ensolarados que iluminaram o país no último ciclo. Philip Gregan, CEO do 'New Zeland Winegrowers' declarou em recente comunicado à imprensa que desde a floração em dezembro o clima tem estado bem perto do ideal para o crescimento e amadurecimento das uvas, que estão em excelentes condições fitosanitárias.
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A colheita costuma começar no final de fevereiro nas regiões mais ao norte e seguir até o mês de maio, cruzando as diversas regiões das duas ilhas, cujos vinhedos estão localizados em grande maioria na costa oriental do Oceano Pacífico, onde estão mais protegidos dos ventos frios vindos do Mar da Tasmânia.
Em 2023 a Nova Zelândia colheu 501 mil toneladas de uvas, mas neste ano, mesmo com alta qualidade prevista, a colheita deverá ser menor: "Estamos contando que as regiões mais ao norte tenham uma colheita talvez um pouco maior, mas em números totais do país, ela deve ser a menor entre os últimos anos, principalmente com os vinhateiros apostando em menor produtividade das videiras", declarou Philip Gregan.
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A Nova Zelândia exporta 90% dos vinhos que produz e os principais mercado são os Estados Unidos, a Inglaterra e a Austrália.
Para conhecer mais sobre os vinhos já degustados pela Revista ADEGA, veja abaixo: