A variedade... ou melhor, as variedades são típicas da região de Emília-Romagna
por Arnaldo Grizzo
Quando falamos de Lambrusco, talvez seja mais fácil “resumir” falando que se trata de um famoso frisante tinto. No entanto, essa generalização é pobre, pois Lambrusco pode ser bem mais que isso. Quando falamos da variedade, na verdade, precisamos falar sobre diversas cepas que recebem a alcunha de Lambrusco, sendo que há quatro denominações de origem também chamadas Lambrusco. Confira:
Pelo menos dez cepas recebem o nome de Lambrusco, sendo que todas estão relacionadas à região da Emília-Romagna, na Itália, e não são clones umas das outras.
Lambrusco Barghi, Lambrusco di Fiorano, Lambrusco di Sorbara, Lambrusco Graparossa, Lambrusco Maestri, Lambrusco Marani, Lambrusco Montericco, Lambrusco Oliva, Lambrusco Salamino e Lambrusco Viadanese.
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A variedade de Lambrusco mais plantada é a Salamino, que recebe esse nome devido ao formato cilíndrico do cacho. Ela dá nome à DOC Lambrusco Salamino di Santacroce.
São quatro denominações de Lambrusco: Salamino di Santacroce, Grasparossa di Castelvetro, di Sorbara, na região da Emília-Romagna, e Lambrusco Mantovano, na região da Lombardia.
A variedade Lambrusco di Sorbara talvez seja a mais respeitada. Leva o nome da vila onde se originou, e é usada por produtores que querem fazer Lambruscos mais sérios.
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Medici Ermete, Emiglia-Romagna, Itália (Decanter R$ 197 para o 2020). Tinto frisante seco elaborado exclusivamente a partir de Lambrusco Salamino. Pura fruta vermelha e negra fresca, é tenso e gastronômico, esbanjando acidez e taninos de ótima textura. Delicioso de beber, pede a companhia de embutidos. Álcool 11,5%.