O frescor e aromas cativantes da Sauvignon Blanc oferecem a harmonização perfeita com queijo de cabra e molho pesto
por Silvia Mascella
Uma uva branca cuja origem é disputada por duas importantes regiões francesas, o sudoeste e o Vale do Loire e que - se já não fosse perfeita sozinha - ainda se combinou nos vinhedos com a Cabernet Franc e deu ao mundo sua principal uma tinta, a Cabernet Sauvignon. Independentemente do terroir exato de seu nascimento, a Sauvignon Blanc tem origem francesa, em algum momento no século 17 e se espalhou por vários locais do mundo.
Na França ela está em Bordeaux, no Languedoc, no sudoeste e no Loire, e dá origem a alguns dos vinhos brancos mais famosos do mundo, como o Sancerre e o Pouilly-Fumé, além é claro, do Bordeaux Blanc.
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Frescor, aromas cativantes e juventude são algumas das características da maioria dos Sauvignon Blanc, e aqueles feitos no Novo Mundo podem ser ainda mais sedutores se você aprecia vinhos que vão do aperitivo ao prato principal.
Aqui no hemisfério sul o Chile e a Nova Zelândia dominam a cena da alta qualidade (o Chile oferece uma gama maior de preços), mas se estiver disponível vale provar os australianos, os da África do Sul e os do Brasil (especialmente da região sudeste).
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Mas é na mesa que a versatilidade dessa uva se amplifica. Já fica a dica de que ela é excelente combinação com muitos pratos vegetarianos ou veganos, sendo capaz de combinar seus sabores com legumes assados, com ervas e com massas integrais.
No entanto, duas harmonizações se destacam: o queijo de cabra com os Sauvignon Blanc do velho mundo, especialmente os franceses tradicionais, e com o molho pesto - ícone da culinária de Gênova, na Itália. Quer seja numa massa ou numa bruschetta ou mesmo com tomates e burrata, essa combinação é fascinante.
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Os aromas mais marcantes dessa uva podem variar de acordo com a região de produção, principalmente a diferença entre as zonas mais frias e as mais quentes. Mas é comum encontrar um toque de ervas frescas (as vezes até arruda), aspargo, chá verde, pera, melão verde, maracujá e até limão. Não costumam ser vinhos muito encorpados mas podem ter teor alcoólico mais elevado e muito boa acidez.
De volta à mesa, vinhos com corpo mediano e frescos vão ressaltar várias características das culinárias grega e tailandesa, ricas em verduras, legumes e frutos do mar.
Pensando na regionalidade brasileira, a moqueca de peixe do Espirito Santo (que não leva dendê) é uma dessas harmonizações que valem a pena e também uma dica simples e fácil, se você curte sanduíche de pernil ou frango à passarinho. A combinação funciona pois o pernil geralmente é temperado com ervas, com especiarias e muitas vezes com vinho branco. Eles conversam entre si, assim como o crocante do frango à passarinho fica perfeito com o frescor do vinho geladinho. Quer mais dicas? Veja abaixo:
Nossa seleção dos melhores Sauvignon Blanc de várias partes do mundo, você vê abaixo. Agora é só ir para a cozinha ou pedir seu prato preferido!
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