Uvas que vão além do óbvio para dar adeus ao tédio. Aqui você encontra o melhor vinho branco brasileiro
por Sílvia Mascella
Sémillon, Viognier, Grechetto, Peverella, Vermentino e Gewürztraminer. Essas são apenas algumas das uvas que dão origem aos vinhos desta lista de brancos do Brasil. É diversidade que chama, não é? E é claro que a Chardonnay, a Sauvignon Blanc e a Riesling também estão nessa surpreendente lista.
O Brasil, principalmente na região sul, tem características excelentes para a produção de uvas brancas para vinhos. Verões quentes, invernos secos, regiões com altitude (como São Joaquim em Santa Catarina, por exemplo) onde mesmo no verão as noites são frias, variedade de solos e, nas últimas décadas, barricas de carvalho de alta qualidade e profissionais que sabem utilizá-las para aqueles brancos mais encorpados.
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É sempre verão em algum lugar do Brasil e nossa enorme costa litorânea nos permite uma cozinha de peixes e frutos do mar de variados estilos (sem esquecer os peixes de rio), além de proteínas que combinam bem com vinhos brancos (porco, frango) e fartura de legumes durante todo o ano. E mesmo no inverno, é bom lembrar que a combinação clássica de fondue de queijo é com vinho branco. Era de se esperar que o brasileiro consumisse mais vinhos brancos pois todas as condições estão aqui: clima, gastronomia, descontração e qualidade nas garrafas.
Peverella e Moscato foram as primeiras uvas brancas finas a chegar ao Brasil, ao mesmo tempo em que os imigrantes italianos revolucionavam a nossa vitivinicultura no Rio Grande do Sul. Já as uvas brancas clássicas, como a Chardonnay e Riesling, aportaram por aqui apenas no século passado e tiveram um início lento de cultivo e expansão.
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No entanto, a produção consistente de espumantes também auxiliou o Brasil a dar atenção para as uvas brancas e descobrir o potencial delas (até hoje a Trebbiano Toscano é umas das uvas utilizadas no corte de vários espumantes). Ainda durante algum tempo os brancos brasileiros tiveram uma pegada doce (pautada pelos alemães de baixa qualidade e pelos vinhos licorosos feitos com uvas de mesa). Mas felizmente isso mudou completamente, “da água para o vinho’, como se diz popularmente.
Neste século muitas uvas diferentes começaram a ganhar espaço nos vinhedos, agora escolhidos a dedo (e com tecnologia) para cada variedade. Os Chardonnay ganharam peso e em alguns casos, a passagem por barricas de carvalho francês, para enaltecer suas características. Regiões mais frias receberam cepas como a Viognier e a Vermentino , já a Sauvignon Blanc ganhou espaço na viticultura de inverno. Assim, essa lista dos melhores brancos degustados por ADEGA é muito especial e informativa, trazendo opções que irão encantar os paladares. Tim-Tim Brasil!
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