O carvalho francês é o mais utilizado na elaboração de barris para vinho
por Redação
Atualmente, são produzidos cerca de 800 mil barris todos os anos ao redor do mundo e, desse total, cerca de 550 mil na França. A maioria é construída a partir de carvalho francês, mas algumas tanoarias francesas utilizam-se de carvalho americano e do leste europeu, do mesmo modo que algumas empresas americanas usam carvalho francês.
Sem dúvida, as tanoarias mais famosas do mundo e reconhecidamente produtoras dos barris de melhor qualidade estão localizadas na França. Entre as notáveis podemos citar Boutes, Cadus, Damy, Demptos, François Frères, Nadalié, Quintessence, Radoux, Rousseau, Saury, Seguin Moreau, Taransaud e Vicard. Esses produtores são verdadeiras grifes e, muitas vezes, uma espécie de atestado de qualidade dos vinhos que são armazenados nesses barris.
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“O trabalho dos tanoeiros costuma ser bastante próximo ao dos enólogos. É comum a empresa ser procurada por enólogos dizendo: ‘Tenho esse vinho, esse potencial, o que podemos fazer?’ E, a partir daí, os dois profissionais discutem juntos qual o melhor tipo de carvalho, tamanho de barril, tosta etc, para se atingir o vinho idealizado. Muitas vezes, a partir deste trabalho, desenvolvemos barris customizados para clientes e vinhos”, conta Rodrigo Perez Nambrard, da Seguin Moreau. Para ele, antigamente, o carvalho era usado para diminuir os defeitos do vinho, mas, com o desenvolvimento da indústria e a simbiose entre tanoaria e vinicultura, os produtores conseguem hoje realmente aproveitar todo o potencial da barrica, com aporte de aromas e complexidade, por exemplo.
Além disso, a tanoaria costuma participar da história da evolução do uso do carvalho. Tomando como exemplo o Brasil, Nambrard lembra que “em 1998 praticamente não havia um conceito de barricas no país”, acrescentando que “as primeiras barricas da Seguin Moreau foram vendidas (para cá) em 2000/2001”. Desde então, o cenário se alterou muito e, novamente, faz parte do papel dos tanoeiros apoiar os produtores na aquisição e uso de barris adequados para que o vinho produzido desenvolva e demonstre seu maior potencial.
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